segunda-feira, 13 de julho de 2009

Quem crê na justiça?

Tenho tantos motivos para não acreditar na justiça dos homens, que nem sei por onde começar a enumerá-los. Mas, posso dizer que um dos motivos que deu início ao fortalecimento dessa minha descrença ocorreu em 1991, quando fui demitida grávida do Jornal A Notícia, e só fui indenizada quando meu filho já estava completando oito anos de idade. E mais: depois de tanto tempo, recebi somente o equivalente ao tempo restante da minha gestação e os cinco meses de estabilidade, previstos na Constituição Federal. Mais nada!
E os meses que sofri e, mesmo sem querer, fiz meu filho sofrer pela angústia que passei por não ter um emprego e não ter como conseguir um, pois ninguém, em sã consciência, contrataria uma mulher grávida? Como dar a ele o mínimo que merecia como criança, como ser humano - roupa, comida, educação, um plano de saúde - sem emprego? Meu marido vivia, na época, de free-lancer, o que não dá muita estabilidade e confiança em termos de sustento de uma família. E eu desempregada... Sem emprego, não tinha perspectivas de futuro.
E os problemas emocionais que me levaram a uma cesariana às pressas, pois meu filho corria risco de morte, caso não fosse feito o parto com urgência - durante o trabalho de parto, que levou mais de 30 horas, ele chegou a ter 172 batimentos cardíacos por minuto, enquanto o normal, segundo o médico, deveria ser 160, durante a contração?
E o leite que tive que secar, também decorrente dos problemas emocionais pelos quais passei? Quando me dei conta, estava com meus peitos - cheios de leite - enfaixados pelo médico e tomando anticoncepcional para garantir que o leite secasse, pois corria sério risco de ter mastite, caso continuasse amamentando meu filho?
E os primeiros anos de vida do meu filho, que não pude curtir ao lado dele, pois tive que trabalhar dez horas por dia: quando saía de casa ele estava dormindo e quando meu marido ía me buscar, ele dormia no carro, antes mesmo de me ver?
E a nossa saúde emocional?
E o tempo de trabalho para contar para a minha aposentadoria?
Nada disso foi indenizado.
Tá certo que dinheiro nenhum no mundo paga tudo isso, com exceção da aposentadoria. Mas, ajudaria em muitas coisas, como por exemplo, dar uma vida melhor emocional e financeiramente para o meu filho. E fazer com que "patrões" mal intensionados pensem duas vezes antes de cometerem essa atrocidade novamente.
O grande problema nisso tudo é que eu não tinha o suficiente para "pagar" um juiz. Por outro lado, mesmo que tivesse, meus princípios morais não permitiriam que eu fizesse isso. Ao contrário dessa gente sem escrúpulos, que "brinca" com a vida das pessoas e compra o que pode, porque tem dinheiro, sem pensar no prejuízo do outro, seja emocional ou material. Até pessoas! Só não consegue comprar pensamentos, amor e felicidade. Porém...
Pois é, não é de hoje que juízes são comprados facilmente, por qualquer motivo e a qualquer preço.
Mas, uma coisa é certa: não é preciso diploma para se vender!
Continuo em nova postagem. Isso é só o começo!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Se ficar o bicho come, se correr o bicho pega...

Se matar leão dá cadeia, tô fudida! Hoje foram pelo menos mais uns dois - à unha. Nem parar para almoçar consegui. Se continuar assim, vou longe... Bem, pelo menos, já pedi a minha família que doe meus órgãos. Um dos "ganhadores" pode morar em outro estado ou, quem sabe, até em outro país. Aí eu vou longe mesmo. Só assim mesmo - ou em sonho - para fazer uma viagem mais longa, já que tempo e dinheiro são duas coisas bastantes escassas na minha vida, ultimamente.
Em 2006, depois de muito sofrer com assédio moral, praticado por patrões sindicalistas - pasmem! - eu tomei uma decisão e chutei o pau da barraca. Em 2007, após uma viagem em missão ao Peru - amparada pela espiritualidade e pelas energias maravilhosas e especiais das montanhas andinas, decidi, mais uma vez, chutar o pau da barraca. Em menos de dois anos larguei dois trabalhos - um com carteira assinada e outro freela fixo, em nome da paz de espírito, da felicidade familiar e da minha saúde.
Foi bom. Muito bom, mesmo! Valeu a pena e não me arrependo nem um pouquinho. Faria tudo de novo. Talvez de forma mais enfática, com mais estardalhaço, para ter a certeza de que todos ficariam sabendo o que eu estava sentindo. Faria mesmo.
Abri minha empresa. Pensei em descansar, pelo menos um mês, para depois procurar trabalho, mas, não foi possível. Começou a aparecer trabalho, fui me envolvendo, e quando vi, estava envolvida até o pescoço. No final do ano passado tive que dizer não a um cliente para ter uma semana de folga. Só uma: entre o Natal e o Ano Novo. Férias, mesmo, nem pensar.
E agora estou assim: matando leões todos os dias. Mas, daqui a pouco dá uma paradinha e eu entro nos eixos. Pelo menos é o que eu espero. Se não for assim, eu chuto o pau da barraca de novo. Já acostumei, mesmo! Um a mais, um a menos...
Ah! Tem um pequeno detalhe: no próximo mês, começo nova faculdade. Aí o bicho vai pegar! Mas, tudo bem, faz parte! Quem mandou fazer Vestibular de novo?

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Querido Diário

Para começar a postar no blog, não poderia colocar outro título. Tinha que fazer jus à proposta. A minha intenção é ter um espaço livre, para escrever o que penso, o que sinto, o que vejo, o que admiro, o que detesto, o que concordo, o que não concordo; para criticar, xingar, elogiar, denunciar, desabafar, fofocar, comentar, reclamar; enfim, para liberar a fera que há dentro de qualquer mortal.
Então, vamos lá!
Hoje foi um dia pancadão. Muito trabalho. O cérebro funcionando a mil! Haja adrenalina! Amanhã não deve ser muito diferente. Tô matando dois a três leões por dia.
Se o corpo aguentar com uma xícara de Nescau pela manhã, um almoço razoável, com direito a vários grupos de alimentos, massa (carboidrato) na janta e outra xícara de Nescau antes de dormir, tá bom. Ah! Para driblar a fome no final a tarde, uma pequena barra de 50g de chocolate com 70% de cacau da Kopenhagen.
E, para não perder o costume, mais computador à noite.
Por hoje é só, pois, já está passando da meia noite. Outro dia eu volto. Quando, eu não sei.